sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

ONICOFAGIA - Por que você rói as unhas?


O ato de roer as unhas tem início na infância, geralmente por volta dos quatro anos, sendo muito comumente associado à transtornos como a ansiedade, repressão de sentimentos e estresse. Por mais que se tente  parar com este terrível vício, ele literalmente nos persegue, está em nossas mãos e nos livrarmos delas não parece uma opção (rs)!

Freud explica que o desenvolvimento psicossexual do ser humano se dá em cinco estágios, cada qual relacionado à uma zona erógena - oral, anal, fálico, letente e genital - que é a fonte de unidade da libido. Freud concluiu em seus estudos que se a criança experimentou frustração sexual em relação a qualquer estágio de desenvolvimento psicossexual, esse transtorno a acompanhará em sua fase adulta.

A primeira fase categorizada é a oral, que vai desde o nascimento até os 18 meses de idade, nessa fase a criança satisfaz suas vontades com a boca, sendo o foco inicial de seu prazer a amamentação, posteriormente há a exploração do mundo com a boca, não por menos é a fase em que os bebês colocam tudo o que vêm pela frente na boca. Dentre os transtornos relacionados à fase oral estão: comer demais, fumar, roer unhas, etc.

Muitos comparam o vício de roer as unhas ao vício de fumar cigarros. Por mais que ambos sejam transtornos ligados à fase oral, ainda que você nunca tenha fumado em sua vida, deve ter ciência de que o cigarro possui substâncias químicas altamente viciantes, portanto, esse vício supera o campo psicológico e atinge o nível de vício químico. Roer as unhas é um hábito essencialmente psicológico, tal ficando evidente ao se observar os momentos em que ele vem à tona: estudando para provas, resolvendo problemas do trabalho e em momentos de tensão em geral. Não há, portanto, uma necessidade que supera a mera dependência psicológica no caso daqueles que roem unhas, sendo assim, a superação da onicofagia (termo técnico utilizado para denominar o ato de roer as unhas) se limita à transposição da barreira psicológica, no caso dos fumantes são duas as barreiras, a psicológica e a química.

Ao contrário do que se imagina, os males decorrentes do ato de roer as unhas não se limitam à esfera estética, além de ocasionar o encurtamento permanente da unha, a deformidade de sua forma natural e os comuns danos aos dentes (que ficam gastos e podem vir até mesmo a quebrar), pode haver a exposição do local à entrada de doenças (principalmente daqueles que roem até sangrar) e a facilitação de entrada de bactérias e vírus pela boca.

A princípio o tratamento da ansiedade seria o mais indicado para se transpor a barreira psicológica do vício de roer as unhas, contudo, os métodos mais frequentemente utilizados são os ditos paliativos (que são capazes de melhorar temporariamente, mas não solucionam de forma permanente o problema), quais sejam: uso de esmalte com gosto ruim, passar pimenta nos dedos, pintar as unhas com cores escuras como o vermelho, mascar chicletes, comer palitos de cenouras, aplicar unhas postiças, etc. Confesso que já tentei de tudo, mas comigo somente os dois últimos funcionaram. E funcionam somente por um tempo, cá estou eu escrevendo esse texto com as pontinhas dos dedos doloridas novamente.


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